Repetição de ideias pode descontar meio ponto na nota total da redação.
Projeto Educação dá exemplos de redundâncias que são vícios de linguagem.
Repetir ideias é um recurso útil em músicas e em comerciais, mas em uma prova de redação pode tirar pontos preciosos dos candidatos. O Projeto Educação desta terça-feira (1º) mostrou que algumas expressões muito usadas na linguagem do dia a dia são pleonasmos, ou seja, são informações redundantes que empobrecem o vocabulário e comprometem a objetividade do texto.
De acordo com a professora Fernanda Bérgamo, os pleonasmos são excessos. “Redundar é sobrar. Isso é o oposto do texto conciso, objetivo, consciente. Então a gente precisa eliminar as redundâncias”, explica. “Um erro como esse pode descontar meio ponto do total da nota da redação. E meio ponto é muita coisa”.
Fernanda Bérgamo citou alguns exemplos de pleonasmos muito usados na linguagem coloquial. Veja algumas expressões:
Há muito tempo atrás
De acordo com a professora Fernanda Bérgamo, os pleonasmos são excessos. “Redundar é sobrar. Isso é o oposto do texto conciso, objetivo, consciente. Então a gente precisa eliminar as redundâncias”, explica. “Um erro como esse pode descontar meio ponto do total da nota da redação. E meio ponto é muita coisa”.
Fernanda Bérgamo citou alguns exemplos de pleonasmos muito usados na linguagem coloquial. Veja algumas expressões:
Há muito tempo atrás
Neste caso, o verbo haver já trata de tempo passado. “Para não oferecer esse pleonasmo, você deveria escrever ‘há muito tempo’ ou ‘muito tempo atrás’, evitando a junção do ‘há’ com o ‘atrás’ na mesma oração”, explica a professora.
Outra alternativa
A palavra ‘alternativa’ já indica que é outra. O certo seria dizer ‘uma alternativa’.
Terminantemente proibido
“Não dá para ser meio proibido”, diz Fernanda. Então podemos eliminar o ‘terminantemente’.
Vi com meus próprios olhos
“Só podemos ver se for com nossos olhos. O necessário seria ‘seus olhos’ ou ‘próprios olhos’, no caso da redação”, alerta a professora.
Idiossincrasia pessoal de cada um
“É muito pleonasmo. Idiossincrasia já significa característica pessoal. Então a palavra ‘pessoal’ está se repetindo”, explica.
Vício de linguagem x figura de linguagem
A professora ressalta que na música “Eu nasci há 10 mil anos atrás”, Raul Seixas usou o pleonasmo de forma literária, um artifício para enriquecer a rima e a melodia. Então a redundância deixa de ser um erro e passa a ser uma figura de linguagem.
Fonte: G1