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quarta-feira, 20 de junho de 2012

Metade dos professores leva o próprio notebook para a sala de aula

Docentes tentam sozinhos levar tecnologia à sala de aula, diz pesquisa.
76% deles compraram o computador com recursos próprios em 2011.

Os professores da rede pública estão investindo cada vez mais tempo e dinheiro na própria formação em tecnologia para incorporar o uso de computadores e internet na sala de aula, segundo a edição de 2011 da pesquisa TIC Educação, divulgada na manhã desta terça-feira (19) pelo Comitê Gestor de Internet no Brasil (CGI.br) em São Paulo. Os dados mostram que o número de professores que comparam um notebook (computador portátil) com recursos pessoais próprios aumentou de 65% para 76% entre 2010 e 2011.

Também cresceu de 41% para 50% a quantidade de docentes que levam seu próprio notebook para a escola. A pesquisa foi feita com 1.821 professores de língua portuguesa e matemática de escolas públicas e particulares, e ouviu ainda 6.385 alunos do 5º e 9º ano do fundamental e 2º ano do ensino médio, 605 coordenadores pedagógicos e 641 diretores.

No grupo de professores, 94% dos entrevistados afirmaram ter computador em casa, e 88% disseram que ele tem acesso à internet. De acordo com o CGI.br, esse número é mais expressivo que os dados sobre a população: a média de acesso à internet em domicílios brasileiros é de 38%.

Segundo a pesquisa, ainda falta às redes públicas estadual e municipal -- colégios federais e escolas rurais foram excluídos da amostra -- investir na introdução de computadores na sala de aula. Apesar de o número de escolas com computador conectado à internet ter crescido de 92% para 100% entre 2010 e 2011, o número de salas de aula com o equipamento continuou em apenas 4%. Porém, a quantidade de professores que afirma ter a sala de aula como local de uso mais frequente de computador nas atividades escolares quase dobrou: foram 13%, em comparação a 7% no ano anterior. O laboratório de informática ainda é o local de uso mais frequente apontado pela maioria: 76%, de acordo com os dados.

Escolas particulares

 Neste ano, a pesquisa TIC na Educação incorporou ao estudo as escolas particulares. Segundo os dados, 32% dos professores entrevistados trabalham na rede particular de ensino. Ambas as redes, porém, usam pouco o computador e a internet durante as atividades mais tradicionais da educação, como aulas expositivas, interpretação de textos e exercícios para praticar o conteúdo ensinado.


"O padrão é o mesmo, mas nas particulares o uso das TICs avançou mais", avaliou o coordenador geral de pesquisas do Centro de Pesquisas em Tecnologias da Informação e da Comunicação do CGI.br, Juliano Cappi. O avanço principal apontado pelos dados é no investimento de computadores dentro da sala de aula. Enquanto na rede pública o número permaneceu estável em 4%, em 2011, 21% das escolas particulares entrevistas na amostra da pesquisa mostraram a tendência de levar a tecnologia para perto dos alunos.


USO DE COMPUTADOR E INTERNET NAS ESCOLAS*
Presença de computador nas escolas Pública Particular
Na sala de aula 4% 21%
No laboratório de informática 86% 78%
Na biblioteca / sala de estudos 43% 62%
Fonte: Pesquisa TIC na Educação 2011 - Cetic.br/CGI.br


A sala de aula do colégio particular é o segundo local mais frequente de uso do computador: ela foi a resposta de 34% dos professores e perdeu apenas para o laboratório de informática, usado por 48% deles. "As escolas particulares parecem ter tomado consciência disso. O uso das TICs deve acontecer na sala de aula, justamente onde ocorre o contato com os alunos."

Cappi destacou que, embora sejam minoria, os professores que afirmaram usar tecnologia com frequência durante as atividades em sala de aula são até mais assíduos que os professores que usam o laboratório de informática em praticamente todas as atividades. "O professor que sa computador e internet na sala de aula usa mais as tecnologias nas atividades", afirmou Cappi.

Elas incluem desde as tarefas mais comuns da escola, até as realizadas aproximadamente uma vez por mês, como projetos temáticos e que contribuam com a comunidade.


Juliano Cappi, coordenador geral de pesquisas do Centro de Estudos sobre as Tecnologias da Informação (Cetic.br) e da Comunicação do Comitê Gestor de Internet no Brasil (CGI.br) (Foto: Ana Carolina Moreno/G1)
Juliano Cappi (Foto: Ana Carolina Moreno/G1)
 
 
Novas gerações

 Cappi explicou que é difícil mudar a cultura do professor para que ele passe a incorporar as novas tecnologias no dia a dia escolar. "Os professores [ouvidos pela pesquisa] têm em média 15 anos de experiência, eles construíram um conhecimento na carreria, um estilo do que é dar aula. Precisamos quebrar essa barreira", disse o coordenador.

A pesquisa dividiu o universo de professores entrevistados em três faixas etárias: até 30 anos, de 31 a 45 anos e 46 anos ou mais. É na última faixa que se encontram os docentes com mais dificuldades em lidar com computadores e internet: 31% deles, por exemplo, afirmaram nunca ter baixado ou instalado um programa da internet, metade nunca usou o computador para fazer uma ligação telefônica e 4% dos professores mais velhos revelaram que não aprenderam a usar o computador e a internet, sendo que 38% deles disseram ter aprendido sozinhos. Um quarto desse grupo disse ter muita dificuldade em lidar com conteúdos multimídia.

Já entre os professores mais jovens, metade aprendeu os conceitos de informática sozinho, 55% usam programas multimídia sem nenhuma dificuldade e 81% deles já criaram ou atualizaram sozinhos blogs ou páginas de internet e 27% já acessam a internet pelo celular.

Na sala de aula, os professores com mais idade dedicam mais tempo que as demais faixas etárias oferecendo jogos educativos para os alunos do que produzindo conteúdos e projetos com eles. Fora dela, eles também são menos assíduos que os docentes mais jovens na interação virtual com outros professores e na busca online de materiais de apoio. As três faixas etárias, porém, foram quase unânimes (98%, 94% e 91%, respectivamente) em afirmar que o computador e a internet lhes derão acesso a materiais mais diversificados e de maior qualidade.

De acordo com o comitê, são vários os possíveis motivos para a mudança de abordagem entre professores de idades diferentes.

Além do aspecto geracional e de os professores mais jovens serem usuários de tecnologias desde que eram mais novos, o fato de que as tecnologias de informação e comunicação (TICs) foram acrescentadas pelo Ministério da Educação ao currículo básico dos cursos superiores de pedagogia no Brasil, o que tende a aumentar, progressivamente, o número de professores que dominam técnicas de aplicação das TICs na sala de aula.

Fonte: G1

terça-feira, 19 de junho de 2012

Estácio FAP oferece oportunidade de Estágio



Sisu registra 321 mil candidatos inscritos, segundo balanço do MEC

Número de inscritos foram computados até as 8h desta terça-feira (19).
Inscrições podem ser feitas até as 23h59 de sexta-feira (22).

O Sistema de Seleção Unificada (Sisu) registrou 621.902 inscrições de 321.166 candidatos até as 8h desta terça-feira (19), segundo informações do Ministério da Educação (cada candidato pode se inscrever em dois cursos, por isso a diferença entre os númerios). As inscrições começaram na segunda-feira (18) o prazo terminará às 23h59 desta sexta-feira (22). Os interessados devem se inscrever, na página do Sisu na internet. Para o segundo semestre de 2012 são ofertadas por meio do Sisu 30.548 vagas em 56 instituições de ensino superior, entre federais e estaduais.


O Rio de Janeiro foi o estado que registrou o maior número de inscrições até o momento (151.210). Em seguida estão Ceará (85.133), Minas Gerais (83.859), Maranhão (44.484) e Bahia (41.883). Ainda de acordo com o MEC, a classificação parcial será divulgada no próprio sistema a partir desta terça-feira (19), e estará disponível para a consulta dos candidatos, que podem alterar os cursos e instituições até o fechamento do sistema.


O resultado da primeira chamada da seleção será divulgado no dia 25 próximo. O período de matrícula dos convocados será aberto no dia 29 próximo e se estenderá até 2 de julho. Em 6 de julho, será divulgada a segunda chamada, que terá inscrições nos dias 10 e 11. As instituições convocarão os candidatos classificados na lista de espera em 17 de julho.


Sisu abre inscrições (Foto: Reprodução)Site do Sisu abriu as inscrições na madrugada desta segunda-feira (18). (Foto: Reprodução)
Clique aqui e veja o passo a passo preparado pelo MEC sobre como se inscrever no Sisu. Veja, abaixo, perguntas e respostas sobre o funcionamento do sistema:


Quem pode participar do sistema?

 Na segunda edição do Sisu deste ano (2º/2012), só pode inscrever-se quem fez o Enem em outubro de 2011. Quem já participou de edições anteriores do Sisu - e foi ou não aprovado - também pode participar, desde que tenha feito o Enem 2011. Se o candidato está matriculado em alguma instituição pública de ensino superior e for selecionado pelo Sisu, ele deverá optar por um dos cursos.
É importante ressaltar que algumas instituições adotam notas mínimas para inscrição em determinados cursos. Nesse caso, no momento da inscrição, se a nota do candidato não for suficiente para concorrer àquele curso, o sistema emitirá uma mensagem com esta informação.


Que documentos são exigidos para participar?

 Para se inscrever no Sisu, o único dado necessário é o número de inscrição no Enem 2011, e a senha do Enem. Não é necessário fazer um novo cadastro. Caso o aluno não se lembre de sua senha, deverá recuperá-la no site do Enem. Ao acessar o Sisu, o sistema importa, automaticamente, as notas do candidato no exame nacional.


Porém, para realizar a matrícula na instituição, o candidato selecionado deverá ter os documentos exigidos pela universidade, instituto ou centro universitário.


O Sisu tem política de ação afirmativa?

 Sim, mas elas variam de acordo com cada instituição. Nesta edição, 8.688 das mais de 30 mil vagas são reservadas para candidatos que se encaixem nos critérios de ação afirmativa. Há cursos em que só existe a ampla concorrência. Em outros, é possível se inscrever pela ampla concorrência ou por ações afirmativas, de acordo com o perfil do candidato. Essa escolha é feita no momento da inscrição.
Cada instituição decide se usará uma cota (reserva de vagas), para que candidatos de ações afirmativas concorram apenas entre si pelas vagas, ou se adotará a modalidade bônus, em que esses candidatos recebem uma pontuação extra e concorrem com os demais vestibulandos.
Após a seleção, os candidatos aprovados para as vagas de ações afirmativas deverão apresentar documentos comprovando que cumprem todos os requisitos das cotas.


Como funciona a inscrição e para que serve a nota de corte?

 A partir da zero hora do dia 18, os participantes do Sisu poderão se inscrever em duas opções de cursos. A inscrição poderá ser alterada quantas vezes for necessária até a data-limite da seleção, no dia 22. O Sisu considerará válida apenas a última alteração feita.
Os candidatos poderão acompanhar o andamento do processo por meio de um boletim de acompanhamento, que estará disponível todos os dias pelo sistema.
Diariamente, durante esse período, o Sisu calculará e divulgará as notas de corte temporárias de cada curso. Elas servem como referência para que os candidatos calculem se suas notas são suficientes para serem aprovados, e, caso contrário, possam alterar a inscrição.


Como funciona a seleção?

 Após o período de inscrição, o sistema selecionará, automaticamente, os candidatos com maior pontuação, na quantidade referente ao número de vagas em cada curso. O resultado desta seleção será divulgado na primeira chamada, no dia 25.
Os candidatos, selecionados em sua primeira opção de curso, devem fazer a matrícula entre os dias 29 de junho e 2 de julho. Eles não poderão participar das chamadas seguintes.
Quem for selecionado na segunda opção continuará participando da seleção, mesmo se fizer a matrícula no mesmo período, e poderá ser convocado na segunda chamada, que será divulgada no dia 6 de julho, para sua primeira opção de curso.
A matrícula dos convocados na segunda chamada ocorrerá nos dias 10 e 11 de julho.


Como funciona a lista de espera?

 No dia 6, o Sisu abre as inscrições para a lista de espera, que podem ser feitas até 12 de julho. Para se inscrever, é preciso acessar o sistema durante esse período especificado, no boletim de acompanhamento, clicar no botão que correspondente à confirmação de interesse em participar da lista de espera do Sisu.
Desta lista, podem participar tanto quem não foi convocado em nenhuma chamada quanto quem foi selecionado em sua segunda opção - mesmo tendo feito matrícula.
Porém, cada candidato só poderá disputar as vagas remanescentes relativas à sua primeira opção. A lista será divulgada em 17 de julho. A partir daí, a seleção será feita gradativamente.

segunda-feira, 18 de junho de 2012

Estágio e Emprego Estácio FAP

A Estácio|FAP em parceria com a Strategic Advanced Serviços Especializados, realizaram no dia 06 de julho uma palestra sobre Coaching. O evento tem como público-alvo empresários, executivos, diretores de empresas, além de alunos e egressos da IES. As inscrições são gratuitas e estão sendo realizadas no E3 – Espaço Estágio e Emprego da Estácio FAP.

Saiba a maneira correta de empregar o pronome reflexivo ‘se’

Quem lê esta coluna com certa frequência já sabe. Estou há mais de um mês tentando organizar a minha correspondência, por isso não estranhe o fato de eu fazer alusão a uma carta antiga ou escrever a respeito de alguma pergunta já respondida. É que o número de leitores novos, graças a Deus, é muito maior do que eu imaginava.


O assunto de hoje é bem interessante. Por meio de fax, mensagens eletrônicas ou cartas, vários leitores querem saber se o verbo “suicidar-se” é um pleonasmo ou não.
O argumento basicamente é o seguinte: o verbo “suicidar-se” vem do latim “sui” (”a si” = pronome reflexivo) + “cida” (=que mata). Isso significa que “suicidar” já é “matar a si mesmo”. Dispensaria, dessa forma, a repetição causada pelo uso do pronome reflexivo “se”.


Quanto à etimologia (=origem da palavra), os leitores têm razão.
Já que falamos em etimologia, é importante lembrar que as palavras terminadas pelo elemento latino “cida” apresentam essa triste ideia de “matar”: se o formicida mata formigas, se o inseticida mata insetos e se o homicida mata homens, o suicida só pode matar a si mesmo.


Não devemos, entretanto, fazer confusões. Existe uma pelo menos que, em vez de matar, salva muitas vidas: é a Nossa Senhora de Aparecida. A nossa padroeira, graças a Deus, tem outra origem.
Voltando ao verbo “suicidar-se”. Na verdade, os nossos leitores só têm razão quanto à origem da palavra. Se observarmos o uso contemporâneo do verbo “suicidar-se”, não restará dúvida: ninguém diz “ele suicida” ou “eles suicidaram”. O uso do pronome reflexivo “se” junto ao verbo está consagradíssimo. É um caminho sem volta. É um pleonasmo irreversível.


O verbo “suicidar-se” hoje é tão pronominal quanto os verbos “arrepender-se”, “esforçar-se”, “dignar-se”… Da mesma forma que “ela se esforça” e “eles se arrependeram”, “ela se suicida” e “eles se suicidaram”.

Diferente é o caso do verbo “autocontrolar-se”. O prefixo “auto” vem do grego e significa “a si mesmo”. Existe o substantivo “autocontrole” (=controle de si mesmo”), mas não há registro do verbo “autocontrolar-se”. Se você quer “controlar a si mesmo”, basta “controlar-se”.
É interessante, porém, saber que os nossos dicionários registram “autocriticar-se”, “autodefender-se”, “autodefinir-se”, “autodenominar-se”, “autodestruir-se”, “autodisciplinar-se”, “autoenganar-se”, “autogovernar-se”…
Resumindo: o uso correto do verbo é SUICIDAR-SE.

2) “Estamos a VOSSO ou SEU dispor”?
Os pronomes de tratamento (= senhor, Vossa Senhoria, Vossa Excelência…) fazem concordância na 3a pessoa. Portanto, o correto é “estamos a seu dispor”.
Não esqueça que Vossa Senhoria e Vossa Excelência são iguais a você (=3a pessoa), e não a vós (2a pessoa do plural).
Observe o exemplo:
“Vossa Senhoria deve comparecer à reunião do próximo dia 20. Ficamos a sua disposição para mais esclarecimentos.”

3) ALGUM ou NENHUM?

Deu na Aula Extra: “…não faça restrição alguma…”, “…palavra sem registro algum”.
Comentário de um leitor: “Meu velho professor de Português já ensinava nos anos 30 que é correto o uso de duas negativas em uma oração, assim: não vou não, não tenho dinheiro nenhum.
Não seria melhor, e até mais bonita, a forma sugerida pelo meu professor?”
Eu também não considero erro o uso de duas negativas. São inevitáveis frases do tipo “não fiz nada” e “não vi ninguém”.
Entretanto, se for possível, prefiro evitar a repetição de negativas. Em resumo:
1o) Não considero errada a frase “não tenho dinheiro nenhum”;
2o) Prefiro não repetir as negativas: “não tenho dinheiro algum”;
3o) Prefiro mesmo é “ter algum dinheiro”!!!

4) HAJA VISTA ou HAJA VISTO?
Deu na Aula Extra: “Foi demitido haja vista o problema surgido.”
Leitor protesta: “O senhor escreveu que não existe a forma haja visto. Mas haja visto não é o pretérito perfeito do subjuntivo, formado pelo subjuntivo do verbo haver (haja) e o particípio do verbo ver (visto)? O particípio corresponde a um adjetivo e flexiona-se. No exemplo acima o particípio deve concordar com a palavra problema, que é masculina. Então, acho que haja visto pode ser empregado corretamente na frase acima.”
Você tem razão quando diz que haja visto pode ser a forma composta do verbo ver: “Embora o comentarista haja visto (=tenha visto) o lance várias vezes, a dúvida permaneceu.”
Não devemos, entretanto, confundir os casos. Na frase analisada nesta coluna, a expressão “haja vista” significa “tendo em vista, devido a, por causa de”. Não é verbo. É uma expressão tão invariável quanto “tendo em vista”: “Foi demitido haja vista (ou tendo em vista) o problema surgido”.